Entende-se por agricultura de subsistência a produção de alimentos pelas próprias famílias ocupantes de determinada área, para uso exclusivo de sua produção, provendo desse modo seu sustento. É caracterizada pela baixa produção e utilização de recursos técnicos pouco desenvolvidos, sendo basicamente empregados instrumentos tradicionais como a enxada, a foice ou o arado, e os produtos são invariavelmente, milho, mandioca, batata, feijão, arroz e hortaliças. Além disso, o costume é trocar os excedentes por outros produtos que não são produzidos naquele terreno em particular.
A agricultura de subsistência é planejada por meio de um antigo método, a técnica de rotação e culturas, sendo a mesma frequentemente empregada no cultivo de feijão e milho ou então arroz e mandioca. É assim que esta permite apresentar duas principais formas, que são:
- agricultura itinerante – baseada na derrubada e queima de formações vegetais nativas buscando com isso o aumento das dimensões das terras a serem cultivadas. Sua principal desvantagem é causar o empobrecimento do solo, pois através de tal queimada, os nutrientes presentes na terra serão consumidos também.
- agricultura de jardinagem – este tipo predomina em especial no sul e sudeste asiático, sendo propício o seu desenvolvimento em meio a solos inundáveis, onde anualmente sua fertilidade é renovada através das monções, longos períodos de chuvas torrenciais e abundantes que ocorrem no verão. A paisagem gerada por este tipo de agricultura é a característico cenário de “terraços”, camadas sulcadas pela atividade do agricultor ao longo de encostas férteis de morros, que permitem reduzir a erosão e facilitam a absorção da água pelo solo em uma maior quantidade.
Se, desde tempos imemoriais tal forma de cultivo de alimentos foi a chave do desenvolvimento do indivíduo e um passo ao progresso da civilização, hoje, as questões em torno da agricultura de subsistência são diferentes e certamente mais complexas. Relaciona-se a esta a questão da preservação racional do terreno utilizado, no que fica eternizado nas teorias conservacionistas como desenvolvimento sustentável, ou seja, a utilização racional e não danosa dos recursos naturais, permitindo que estes continuem disponíveis infinitamente. Ao mesmo tempo, ao lado das preocupações conservacionistas envolvendo este veículo de sobrevivência tão caro a muitos seres humanos está a questão da produção e aproveitamento racional do terreno, que, ao invés de privilegiar gêneros de maior lucratividade, irá propiciar a outros que se beneficiem por meio da troca, servindo assim a agricultura de subsistência como fonte segura de abastecimento alimentar de comunidades mais necessitadas.
Fonte: http://www.infoescola.com/
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