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sábado, 17 de dezembro de 2011

Um tal samaritano que desbancou os religiosos

Um tal samaritano que desbancou os religiosos

Diante do exemplo de um samaritano citado por Jesus, fica a pergunta: qual a nossa disposição ao chamado do Evangelho de nos gastarmos em cuidados ao nosso próximo?
A religião cega de tal forma que o espírito de julgamento e falta de amor, misericórdia e compaixão tem nos impedido de cumprir com tal chamado.
Claro, é mais fácil julgar e não demanda quase nada de nós, apenas algumas palavras inflamadas e se a luz que há em nós é trevas, grandes trevas serão.
Cuidar uns dos outros demanda de nós tempo, paciência, amor, compaixão, acolhimento, respeito, sinceridade, olho no olho.
Uma das coisas que nunca entendi na religião era a falta de aproximação e amizade. O distanciamento imposto por uns era algo desumano.
Mas fica aqui o exemplo de um estrangeiro, um ser excluído pela religião de fariseus-sacerdotes-levitas.
“Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;
E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu te pagarei quando voltar.”
Lucas 10:33-35
Ele nos ensina o que na vida realmente vale a pena.
Que religião sem serviço ao próximo é só uma forma de matar as pessoas de forma mais rápida.
Então, quanto que nós estamos dispostos a gastar em socorro ao nosso próximo-irmão?
Adaptado de Délio Visterine

 

Difícil é não ser meramente teórico, abrir a casa em hospitalidade, repartir o pão, depositar uma oferta na conta de um irmão que tem CPF, RG e dívidas.

É mais fácil ministrar por atacado, em auditórios, gerando a falsa impressão de êxito e eficácia.
É mais fácil administrar coisas, programas, projetos, atividades, orçamentos e agendas.
É mais fácil falar ao telefone com um ouvinte do outro lado do país e orar por atacado, de uma vez só, com óleo sobre cartas de remetentes anônimos.
Já vivi tudo isso noutro tempo…
Difícil mesmo é colocar o pé na lama, ir ao encontro das pessoas – uma de cada vez – para ouvir suas histórias singulares, discernir seus mundos interiores trancados em chaves de defesa.
Difícil é trilhar o caminho desconhecido em busca de respostas que não estão prontas em manuais de aconselhamento.
Difícil é conviver com as contradições dos outros, seus julgamentos injustos, suas neuroses, imaturidade emocional, confusões mentais, ignorância espiritual e vaidades.
Difícil é não ser meramente teórico, abrir a casa em hospitalidade, repartir o pão, depositar uma oferta na conta de um irmão que tem CPF, RG e dívidas.
Difícil é exercitar a disciplina do encontro, da busca do perdão, ser gente em comunidade!
Difícil - mas fascinante!
Difícil - mas relevante!
Essa é a oferta do evangelho da Graça.
É desse modo que escolhi viver hoje e sempre, até aquele dia!
Texto extraído do Livro Outra Espiritualidade, de Ed René Kivitz.
Adaptado por Daniel Raimundo.
Fonte:  caminhoconsciencia.com

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