No início dos tempos da espécie humana, as principais causas de morte eram os ataques das feras, as conseqüências do clima, como o frio extremo e tempestades, e os ferimentos decorrentes de lutas. Essas são as chamadas “causas externas visíveis”. Naquela época, a expectativa de vida era muito baixa. Com o domínio do fogo, a utilização de ferramentas e o decorrente desenvolvimento, muitas dessas adversidades foram dominadas pelo homem.
Com esse progresso, as causas de morte também se modificaram. Seres também externos ao homem, porém agora “invisíveis”, passaram a ser a grande ameaça aos seres humanos. Os fungos, as bactérias e os vírus passaram a ser os grandes causadores de doença e morte. O desenvolvimento tecnológico, mais uma vez, permitiu a identificação desses microorganismos através de instrumentos, como os microscópios, e o controle com medicações, como os antibióticos.
A expectativa e a qualidade de vida aumentaram. Seguiu-se o progresso. Melhores condições de higiene e saneamento, mais recursos para a produção e a conservação de alimentos, além do desenvolvimento de novas ferramentas, fizeram a espécie humana dominar o mundo a sua volta, mesmo aquelas “ameaças invisíveis”.
Porém, progressivamente, as principais causas de doença e morte passaram a ser algo também produzido pelo próprio homem. O estilo de vida do mundo moderno expôs o homem a uma vida sedentária, a uma dieta inadequada, ao excesso de bebidas alcoólicas e ao consumo do tabaco em níveis nunca antes vistos. Sendo este último, isoladamente, o maior agente causador de doença, atualmente. Hoje, essas são as principais causas de doença e morte. São as chamadas “causas auto-infligidas”- aqueles agentes aos quais o próprio homem, pelo seu livre-arbítrio, escolhe se expor e consumir.
A inteligência do homem e a sua capacidade de desenvolver tecnologia dominaram as causas de doença e morte no passado. Agora, é essa mesma capacidade que deve ser usada para compreender que é o estilo de vida pelo qual optou viver que o prejudica. Desenvolver ações educativas e preventivas, visando a alterar esse estilo de vida é fundamental nesse momento de desenvolvimento da humanidade.
Evitar o fumo; | |
Evitar o consumo de álcool em excesso; | |
Manter-se dentro do peso ideal para sua idade e sexo | |
Consumir uma dieta rica em alimentos de origem vegetal integrais e pouco industrializados | |
Diminuir o consumo de alimentos altamente refinados e as gorduras de origem animal; | |
Manter-se ativo fisicamente nas suas atividades diárias: no trabalho, no lazer, nos deslocamentos. |
Todas essas são medidas que previnem doenças e diminuem mortes pelas principais doenças crônico-degenerativas, como as doenças do coração, o diabete e os cânceres. Um exemplo disso é o que a Santa Casa de Porto Alegre, recentemente, definiu como uma de suas diretrizes institucionais. Incorporou em seu planejamento estratégico 2005-2010 um novo olhar sobre a saúde.
O foco deixa de ser a doença, e passa a ser a saúde através da educação e prevenção em saúde
Não é apenas uma questão de atitude mas, principalmente, de conscientização integral.
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