Trabalho de feirante – lavoura e feira livre
O dia do feirante é comemorado em 25 de agosto, data que marcou a realização da primeira feira livre no país, no Largo General Osório, em São Paulo, no ano de 1914.
A ideia surgiu dos próprios produtores, uma vez que após fazerem as vendas de seus produtos para donos de restaurantes e mercearias, não sabiam o que fazer com as mercadorias que restavam, assim, tentavam vendê-las a preços mais baixos, diretamente para a população.
A partir do Ato 625, o prefeito da capital paulista, Washington Luis, oficializou e implantou as feiras livres no Brasil, sendo que hoje seguem as determinações da Lei nº 492/84.
O sucesso das feiras livres foi tão grande que persistem até os dias de hoje, pois os produtos estão em ótimo estado de conservação, fresquinhos, parecem até que foram colhidos na hora. Além das folhagens, leguminosas, ovos e frangos, também são comercializados vários outros produtos. São barracas de pastéis e caldo de cana, de defumados como linguiças e carnes, queijos, doces, salgadinhos, farinhas, além de outros que não tem nada a ver com o meio, mas que também são vendidos no local, como roupas, DVDs, CDs, consertos de panela etc.
Os vendedores das barracas geralmente são pessoas de uma mesma família, pais e filhos, que lutam para o próprio sustento.
O trabalho na produção de hortaliças e verduras não é tarefa fácil. É necessário cuidar do preparo da terra, adubando-a, plantar as sementes quando a terra estiver pronta, regar todos os dias, tirar as pragas, bater pesticidas ou produtos naturais que eliminam os bichinhos, colher, separar os alimentos, encaixotá-los ou amarrá-los fazendo os manolhos (pacotes), dando condições aos produtos de serem comercializados.
Várias pessoas conseguem licença na prefeitura para montar uma barraca numa feira livre, o que torna a concorrência bem grande, devido aos produtos que aparecem repetidos. Isso faz com que os feirantes combinem os preços dos produtos, para ninguém sair prejudicado. Mesmo assim, vemos aqueles que abaixam os preços, fazendo as promoções de última hora, tentando conquistar uma clientela maior.
Além de produtos bons e bonitos, outra forma de chamar a atenção é como os feirantes abordam a clientela, com brincadeiras, cantadas e gritos.
Recentemente saiu um decreto em São Paulo proibindo os gritos nas feiras livres, pois consideram que os mesmos incomodam os clientes, causando tumulto ao ambiente.
A lei estabelece o horário de montagem e desmontagem das feiras, que devem ser entre as seis da manhã e 13:30 h, além de exigir que os feirantes usem luvas descartáveis e uniformes de acordo com o produto comercializado.
Usar os jornais velhos para fazer os embrulhos também já era. Todas as mercadorias devem ser empacotadas em sacolas plásticas ou de papel.
Segundo o decreto, as feiras também devem acontecer em locais que tenham estacionamento, tanto para a freguesia quanto para os feirantes, além de banheiros públicos.
Porém, pesquisas demonstram a insatisfação que a lei causou, tanto nos feirantes como nos fregueses. Um feirante desabafa contando que gritar é a forma de jogar o estresse fora, já que sua mulher é quem grita em casa. Da mesma forma, uma senhora reclama que o ambiente ficou triste, pois os gritos davam a oportunidade de descobrir as promoções, além de animar as compras.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
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