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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Estamos espritualmente preparados para a morte?

A surpresa da morte


Eu rezava o tempo todo para que minha filha estivesse viva”, conta a atriz Tereza Amayo.
A alegria de Tereza foi levada pela onda gigante que se levantou sobre a Ásia. A tsunami atingiu-a aqui no Brasil. Perplexa, ela se recusava a acreditar nas primeiras notícias que chegavam via internet.
“Até que finalmente eu recebi a notícia brutal. No dia seguinte, quando eu fui para Bangcoc, ainda imaginava que minha filha estivesse viva, que havia sido um engano”, conta a atriz.
Tereza se agarra ao que restou: a neta sobrevivente, o filho, os amigos e desconhecidos que lhe prestam solidariedade.
“Não estamos preparados para lidar com perdas. Quando a morte chega, é sempre uma surpresa. Sabemos que vamos morrer, mas não temos a noção concreta do que é perder. É algo brutal, mas que temos que enfrentar”, constata Tereza.
Única brasileira a morrer nas águas da tsunami, a filha dela era diplomata a serviço da Tailândia.
“Deve haver uma razão que me escapa. Se não acreditar nisso, eu enlouqueço. Não conseguimos decifrar os desígnios de Deus, mas Ele é amor, equilíbrio, não pode castigar ninguém”, completa Tereza.
Tereza se agarra às orações para aceitar a crueldade do destino e para conseguir dos homens um outro olhar para o mundo.
“Estamos vivendo em uma época terrível. Espero que isso faça com que as potências ricas se voltem para os países pobres, para aqueles que perderam, estão sem casa, crianças sem pais”, diz ela.

Fonte: globoreporter.globo.com

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